domingo, 31 de maio de 2015

Mais uma historinha de lactose...e da Rainha Rata

Chegando a uma padaria ontem pergunto, como sempre, à atendente: esse salgado tem queijo, catupiry, requeijão,  ou qualquer coisa com leite? E a resposta: não moça, apenas hamburguer e presunto.  Não contente pergunto de novo: não tem mesmo queijo? Nem catupiry? Nada de leite? Resposta de novo: não tem nada. Ok, maravilha, me vê um desses.
Vou embora satisfeita e ao entrar no carro resolvo provar o salgado antes de chegar em casa. Tenho duas surpresas. Ou melhor, três.  A primeira é um sabor delicioso.  Massa saborosa. A segunda...muito catupiry escorrendo pelo salgado. E como se não bastasse isso, uma terceira surpresa.  O salgado não tinha apenas um. Mas DOIS tipos de queijo! Uma linda e mortal mussarela veio puxada na minha mordida.
Segundos de tensão. 


Logo pensei nos minutos seguintes. Um dia de reinado da Rainha Rata (leiam o meu post nesse blog "Alergias e Intolerâncias da Rainha Rata" que entenderão melhor). Passar horas num trono. Acelerar o carro pra chegar em menos de 15 minutos. O que fazer?

Como depois de um tempo de IL já ficamos vacinados, pensei rápido.  Estacionei, tirei todo o queijo visível do meu salgado. Nessas horas esqueça do fato "lavar as mãos".  Vai de guardanapo de papel mesmo. Depois, saquei um sachê da minha enzima lactase e despejei dentro dele. Recheio extra em pó.  E, mais rápido que o pensamento, comecei a comer o salgado todo. Enzima...corre!
Não foi prazeroso. Nem divertido. Foi tenebroso. Depois? Não tive que reinar se é o que querem saber. Desse trono já abdiquei há séculos. 

Só me intriga que ainda hoje os locais que comercializam alimentos não tenham uma preocupação em treinar melhor os atendentes para que pelo menos saibam o que estão vendendo.
Já pensou você chegar numa loja de gás e perguntar quantos quilos tem o botijão e de que marca é e o vendedor não saber te responder? Pois bem. É assim que me sinto constantemente.
Se você tem uma história engraçada de intolerância alimentar ou outra como a minha, deixe nos comentários.  Eu e os outros leitores vamos adorar conhecer essas histórias! 


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Organizar a vida começa pelas gavetas.

Tem dias que o cérebro parece dar um nó. Como se uma bagunça estivesse instalada. Se o cérebro fosse um guarda roupas, eu diria que o meu está bem desorganizado. Gavetas de neurônios rosas, com neurônios azuis, misturados com pretos e amarelos.

E mesmo lendo formas de organizar minha vida, administrar o tempo, não achei fórmula mais eficiente para organizar o pobre coitado do que começar pelas gavetas. 

Por muito tempo em minha vida, quando eu tinha alguma inquietação, começava a arrumar o guarda roupas. Ou a estante de livros. E percebia que junto a isso eu tinha o bônus de organizar também meus pensamentos. 

Porém, parece que essa fórmula mágica havia se perdido. Comecei a valorizar as teorias psicológicas, os consultores, os livros de auto ajuda em detrimento de algo tão simples, de uma resposta que eu já tinha. 

Perdemos muito tempo procurando o sentido da vida, pensando sobre isso. E deixamos de viver e de enxergar o que está a nossa frente. Se minha casa é organizada, limpa, meus pensamentos fluem. se minha mesa de trabalho é otimizada, termino mais rápido as tarefas. Tenho mais tempo para criar, inovar. 

Fórmulas mirabolantes, respostas milagrosas, livros caros e rebuscados que não tem nenhuma função útil. Nada disso. Organizar a casa é a melhor resposta. É terapêutico. Então mãos à obra! 




sábado, 23 de maio de 2015

Branco, de novo?

O cursor pisca. Tu. Tu. Tu. Tu. Tu. Esse seria o som dele se ele fizesse algum som. Mas na minha cabeça ele faz. Um tu tu tu chatinho. Irritante. Inconveniente. Digamos até desafiador. Como se ele me olhasse e dissesse: vai, cadê a escritora criativa? Cadê a criancinha que escrevia histórias na sua máquina de escrever. Cadê a blogueira? Escreve vai, me empurra pro final da folha se puder. Não é isso que você sempre diz que vai fazer?

E esse tu tu tu dele parece que tem dois efeitos em mim: impulso e medo. Impulso de desafiá-lo. Medo de não ter uma boa ideia. Sinto cheiro de pão agora. E o tu tu tu em minha cabeça. Cheirinho da padaria da frente. Tu tu tu. Olha aqui seu cursor atrevido, vou te empurrar sim para o final da página! Ou pelo menos para o meio, não sei.

Precisei parar, chegou uma pessoa. Enfim, onde estávamos? Ah sim, eu trabalhava num meio de empurrar este bendito cursor para a frente. No editor de textos do Office estou. Quando eu usava a máquina de escrever não havia cursor. O único barulho que eu escutava era o de minhas ideias. E agora, com a evolução dos meios, tenho que aguentar esse bendito e chato cursor me cutucando. Tu tu tu. O que você está pensando? Que não consigo te movimentar? Que vai ganhar de mim? Mas não vai mesmo!

Olha para você agora. Dá uma espiadinha. Olha pra cima! Ahá!!!! Está no meio da folha! Quem diria que eu não faria você se mover? Agora engula isso se puder. E da próxima vez que quiser me perturbar, lembre-se: eu poderia ter te movido com um simples empurrar da barra de espaço. Mas como não sou trapaceira, eis aqui você novamente.

Até breve, nos vemos em uma nova folha virtual em branco. Tu tu tu...