terça-feira, 22 de setembro de 2015

A minha raça é a humana!

Preenchendo uma ficha de autorização para a escola de minha filha me deparo com o seguinte campo: RAÇA. Confesso que isso me incomodou demais. Raça? Como assim? Ser Humano já não basta? Juro que me senti nesse momento como um Poodle. Agora minha filha tem que ter raça? E quem serão os vira-latas? A minha vontade foi a de responder uma das seguintes alternativas:

1- Poodle;
2- Homo Sapiens Sapiens.

Sim, por que dizer que o branco é uma raça diferente do negro ou do índio, do japonês, não me desce. Ou seja, somos espécie humana, e temos cada um uma raça diferente? Isso me incomodou demais. 

Tudo isso tem um sentido tão amplo que me levou à uma pesquisa aprofundada sobre o tema.



Encontrei que nos documentos oficiais é pedido que a pessoa se denomine com alguma "raça" ou "cor", para fins de diminuição da desigualdade social e do racismo. Que para fins políticos e de proteção dos menos favorecidos, precisam saber quem são as pessoas que estão tendo maiores necessidades, que estão tendo menos acesso aos benefícios oferecidos aos demais.

Inclusive encontrei um site, da Ciência Hoje, cujo link coloco ao final, que mostra o quanto a comunidade científica se incomoda com esse tipo de colocação. Será que isso promove a igualdade ou a desigualdade social? Será que a natureza humana deve se curvar sempre às demandas da política?

Enfim, a discussão é longa e quem quiser pode dar uma olhadinha no artigo do link que passei. Mas o que eu, como simples cidadã brasileira posso dizer, é que classificar seres humanos em "raças" é mais discriminatório do que simplesmente perguntar qual a sua cor. A minha cor é fato visível. Não é constrangedor dizer que cor eu tenho. Mas raça...ah isso ficou engasgado.

Créditos:

Qual a sua raça/cor?

Obrigatoriedade de responder a essa pergunta na Plataforma Lattes provoca indignação em parte da comunidade científica e renova a discussão sobre a ideia de raça e políticas afirmativas.
Por: Sofia Moutinho
Publicado em 13/05/2013 | Atualizado em 19/05/2013
 

 

Loja sem preço= boutique gourmet

Passando por uma loja vejo um lindo vestido na vitrine. Lindo não! Ma-ra-vi-lho-so! Como não tem o preço na vitrine, entro decidida e cega pela beleza da peça e logo pergunto para a vendedora o preço. Que susto! O vestido é muito mais caro do que eu imaginava, totalmente fora do meu orçamento de classe média. Segundos constrangedores se seguem. E agora, o que dizer? Nisso a moça já está toda animada, querendo saber meu tamanho, ver se eu quero provar. E logo me sugere uns acessórios que cairiam bem com ele. Ainda em choque, não sei o que dizer. Corro dali e não digo nada? Digo que outra hora eu volto pois estou com pressa? Experimento e digo que não ficou bom?



Agora me pergunto, a crise existe de fato, mas porque tantas lojas fecham e outras ficam de pé? Não sou especialista em marketing mas me considero uma consumidora experiente e exigente. Não digo que é apenas por isso, mas PORQUE NÃO COLOCAM O PREÇO NA VITRINE?

Parece que não colocar o preço dá um status de "boutique" à loja. De simples loja de roupas ela passa a ser uma loja "gourmet". Mas o fato é que a grande maioria das pessoas deixa de comprar em uma loja, de pedir uma pizza, de fazer um curso, se o preço não é informado na vitrine, panfleto ou por telefone. Que coisa mais chata ligar numa escola de inglês e ter como resposta: venha aqui que vamos lhe mostrar nossos planos. Ah sim. Me espere, mas espere sentado porque o seu concorrente me passou o preço e ainda me deu as várias vantagens sem que eu tenha que perder tempo ou gastar combustível.

E não me digam que só as lojas populares fazem isso porque não é verdade. Canso de andar pelos shoppings e vejo lojas de grife com os preços. Acredito que isso economiza um tempo bárbaro do consumidor que só entra se puder pagar e dos vendedores, que só vão atender pessoas que estão realmente inclinadas a gastar nessa loja.

Não sou economista, nem trabalho com administração do tempo. Mas se houver coisas que facilitem nossa vida para termos tempo para nós mesmos, ah garanto que a grande maioria vai querer isso. E que essas coisas tenham o preço bem visível!