domingo, 29 de outubro de 2017

A tempestade não dura para sempre



Imagine a cena: você, dentro de um barco. Lá fora uma tempestade terrível. Chuva. Relâmpagos e trovões. Ventania. O mar agitado, revolto. Ondas altas. Um verdadeiro caos. O barco sendo jogado de um lado para o outro. Parece que tudo vai terminar naquele dia. Mas não. É uma tempestade que já dura dias.


No início você se desespera. Não consegue realizar suas atividades cotidianas. Se sente mal. Nos pequenos intervalos entre o pico de uma tempestade e o início de outra, você não sabe se puxa a água do convés ou se tenta organizar os mantimentos espalhados. É como se enxergasse um quebra cabeça de muitas peças todo espalhado. E você precisa montar, mesmo sabendo que ele vai se desmanchar de novo. Mas precisa tentar.



E por muitos dias essa é sua rotina. E começa a perceber que não pode lutar contra ela. A tempestade. Você precisa comer. Tomar banho. Navegar. Infelizmente vai ser assim. Não há jeito. Ou vive no meio da tormenta, ou morre. Então começa a perceber o padrão da tempestade. Precisa entender o padrão. Para nos intervalos conseguir fazer o necessário para sua sobrevivência. Pois já não se trata mais de outra coisa, mas de se manter vivo enquanto durar essa tormenta.


Mas passa mais um tempo e o padrão muda. E volta à estaca zero. Mas agora você já está mais experiente. Aprendeu como observar padrões. E em menos tempo do que o outro, você descobre o padrão deste. E se adapta mais rapidamente.


Mas depois de várias tempestades e descobertas de padrões, você percebe que não é só isso. Que está na hora de fazer alguma coisa. De navegar por outras águas. De mudar a direção. E com toda sua experiência em navegação, com certeza vai sobreviver em outras condições. O que não pode é ficar ali, estagnado. Deve haver um local melhor para navegar. Não sem temporais, mas com temporais mais suportáveis, ou mais fracos. Um lugar para ser feliz. E não apenas sobreviver.




Então você reúne todos os seus conhecimentos. Suprimentos. Equipamentos. Estuda bem sua nova rota. procura fazer planificações, simulações. Em meio à tempestade atual, já incorporada e conhecida, a esperança é partir. E recomeçar. E ter novidades.


Então chega o dia. Uma nova aventura. Sua liberdade. Você sente medo, mas ao mesmo tempo algo te impele. Não quer mais o velho, quer o desconhecido. Qualquer coisa é melhor que continuar na mesmice. Mas pelo seu planejamento, você tem noventa por cento de certeza que encontrará um lugar melhor. Já sente de novo seu sangue correndo pelas veias. O coração batendo forte, um cheiro de novidade. Está na hora. A mudança começa agora.


...



sábado, 28 de outubro de 2017

Culpas Modernas



Culpa. É o sentimento que persegue o pensamento das mães de hoje. Falta de tempo, atividades e serviços deixados pela metade.Tudo feito da maneira que dá. Mil coisas ao mesmo tempo. Pouco descanso, muitos compromissos. Carga horária de trabalho puxada. Estímulos externos. Overdose de tecnologia. Hiper-conectividade. Super mulher. 

Sim, tudo isso acontece na vida de uma mulher, todos os dias. Ela não tem tempo para refletir ou descansar. Não tem tempo para deixar o colarinho da camisa do marido bem passada, ou de preparar o bolo preferido da filha. Não consegue mais manter a casa organizada, a pia sem louça, recolher a roupa assim que seca. Essa mulher acorda antes das seis horas e dorme depois da meia noite. E no seu tempo livre, que é pouquíssimo, ela tem que se empenhar em ser melhor, estudar, crescer no trabalho, ou não sustenta sua casa. O marido precisa de apoio.

Saudade do meu tempo de criança. Minha mãe não trabalhou fora sempre. E quando trabalhava, a carga horária era mais leve. Minha mãe tinha tempo pra tudo: pra cuidar de mim, do meu pai, da casa e de si mesma. Nossa casa estava sempre bonita, limpa. Meu cabelo penteado, sempre de roupinhas bem passadas. Meu pai chegava em casa e tinha comidinha quente. E pensa que ela era uma Amélia, que só cuidava da gente? Não! Minha mãe se cuidava. Andava bonita, fazia as unhas, cuidava de sua aparência. Lia seus livros, fazia cursos. Minha mãe tinha tempo para ela. Tinha tempo pra família. E como tive uma infância feliz! 

Mas hoje, a culpa acorda com a gente. E dorme também. De manhã é a culpa por ter dormido tarde e ter deixado alguma coisa por fazer. A culpa de não tomar um bom café, por não dar tempo. A culpa de não ter preparado um lanche caseiro pra filha que vai pra escola e dar uns trocados para comprar salgados que não são nada saudáveis. A culpa de não conseguir passar todas as roupas do filho, ou de de deixar os panos de prato de molho. A culpa de não conseguir fazer salada no almoço e às vezes nem de cozinhar algo diferente. Porque o almoço precisa ser rápido. A culpa de não conseguir ir sempre fazer seus exercícios, porque outros compromissos aparecem. A culpa de ter esquecido de tomar o remédio. A culpa de ter esquecido o remédio do filho. A culpa de ter se atrasado, de ter esquecido alguma coisa no outro lado da cidade e ter que voltar para buscar. A culpa de ir dormir tarde porque precisou adiantar coisas que não teve tempo durante o dia e ter que comprar uma pizza ou um lanche para a janta da família. A culpa bendita de não responder seu amigo na rede social, de não ter tempo para bater papo com ele, e nem de poder ir à sua casa fazer um churrasquinho. A culpa de não ter feito as unhas ou comprado uma blusa nova para um evento, ou de não ter ajudado sua filha a se arrumar e ficar mais bonita do que já é. A culpa de trabalhar tanto e conseguir tão pouco. 



Será que minha mãe, ou minha avó, sentiam essas culpas? Algumas creio que sim. Mas a maioria são culpas modernas. São aqueles problemas que nós mesmos criamos. O ser humano evoluiu com a tecnologia e com a mesma está se destruindo. Ela nos ajuda, mas se usada com sabedoria. A maioria dos compromissos que temos hoje, nem existiam na época de nossos pais. Minha mãe me deixava ir pra escola de ônibus e não sabia se cheguei bem, pois não existia celular. Ela tinha que confiar. Em mim,em Deus. Só digo que nunca deixei de tranquilizá-la. Se perdia o ônibus ou me atrasava, corria pro orelhão e avisava. 

Espero que as mães de hoje recebam uma indulgência. Pelos seus pecados. Pelas suas culpas, pelo que fazem e pelo que não fazem. Pelo tempo que não tem e pelo tempo mal usado. Que seus filhos as perdoem e que tenham menos culpa quando forem pais. Que aprendam a usar melhor o tempo, em coisas realmente importantes. Que a próxima geração de pais não sinta tanta culpa. 

domingo, 22 de outubro de 2017

Vamos falar de Musicais? Vamos entender e conhecer alguns dos mais famosos filmes do gênero.





O que é um musical? O que descreveria melhor esse gênero de filme? Primeiro, o que NÃO é um musical: não é apenas um filme onde se canta muito. Não é um show em DVD. Não é um filme sobre cantores famosos. Nada disso. Uma característica marcante dos musicais é que grande parte das falas dos atores são cantadas. São raros os musicais onde se canta em 100% do tempo. A maioria intercala falas e músicas. Mas esse traço essencial deve existir para se caracterizar como musical.
Em "Glee", série de TV musical produzida pela FOX, a treinadora Sue Sylvester diz porque detesta musicais: "não entendo como de repente uma pessoa começa a cantar e todos sabem a letra e a coreografia. " (Glee teve seis temporadas e fez muito sucesso na TV. Perfeita para os fãs de musicais)
Nos musicais, magicamente, começa uma música de fundo e os personagens começam a cantar o que eles iriam dizer. E ambos sabem as musicas. E as coreografias. E ao invés dele explicar o porque de gostar tanto de um dia de sol, ou porque se sente tão bem ao lado do outro, ele apenas canta isso, com as palavras perfeitas para aquele momento. Não é uma música deslocada ou apenas um acessório ao filme. É uma fala importante da história, com uma melodia. E é muito envolvente para o público. Eu mesma, muitas vezes tenho vontade de ver minha vida transformada num musical. Quero acordar e cantar sobre o frio, sobre o dia que vai começar, sobre o meu cansaço ou alegria. Mas...imagino que os meus vizinhos me achariam no mínimo maluca...E olha que as palavras e melodias realmente aparecem em minha mente! Adoraria ser como a Bela, em "A Bela e a Fera" e sair cantando pelas colinas!



Enfim, agora que definimos o que são os "Musicais", vamos falar sobre alguns deles.
Se isso fosse um vídeo, eu já estaria cantando esse texto para vocês. Mas não sendo, vamos tentar fazer sua mente entrar no ritmo. Primeiro musical e meu predileto: "Mamma Mia" (2008). Um filme que conta a história de Sophie, (Amanda Seyfried) uma garota que mora com a mãe em uma ilha paradisíaca na Grécia. A mãe (Meryl Streep) administra um "hotel" turístico e prepara o casamento de Sophie com Sky (Dominic Copper). Nesse meio tempo, Sophie encontra um diário antigo da mãe e descobre que tem três possíveis pais. E resolve chamá-los para seu casamento, sem o conhecimento da mãe, pois acredita  que apenas ao vê-los saberá quem é seu pai. Mas não acontece bem assim e uma série de situações cômicas e trágicas se desenrolam até o mistério do filme se revelar. Será? Esse filme foi adaptado de uma peça de mesmo nome, e é muito divertido, pois todas as canções são grupo ABBA, muito famoso nos anos 70.



O musical "Moulin Rouge" (2001) conta a história de um escritor, Cristian (Ewan McGregor) e sua amada Satine (Nicole Kidman). Cristian vai para a boêmia Paris de 1899 para poder escrever e viver a liberdade e o amor. Após conhecer um grupo de boêmios, eles convencem Cristian a apresentar sua poesia à Satine, uma cortesã de luxo, o "diamante cintilante" do Moulin Rouge. Porém, Satine o confunde com um Duque, que iria fazer um grande investimento e para isso queria encontrar com a cortesã à sós. Quem entra no quarto é Cristian, e  acabam se apaixonando e vivendo um romance às escondidas. Mas Satine tem pouco tempo de vida. E pouco tempo para proteger seu amado. O visual é deslumbrante e as músicas entram no filme de maneira inusitada, pois são músicas pop já conhecidas, repaginadas para o filme, o que o torna bastante divertido em certos momentos, como, por exemplo, a cena em que o diretor do Moulin Rouge canta "Like a Virgin" , de Madonna. Impagável.




Em "Chicago"(2002), Roxie Hart (Reneé Zelweger)  e Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones) estão presas na mesma cadeia, acusadas de assassinato. Velma assassinou seu marido, após flagrar sua irmã e ele na cama. Roxie, o seu namorado. Ambas tem o mesmo desejo: fama. Para isso, se utilizam da mídia da época, os jornais, para voltarem ao estrelato após a saída da prisão. Detalhe: elas são rivais e farão de tudo para vencer e voltar ao showbiz. Para mim um dos melhores momentos é quando Velma canta "All that Jazz", com Roxie assistindo e almejando ter o sucesso dela. Aliás, Chigago pegou carona no sucesso de Moulin Rouge.


"Hairspray" (2007) é um outro filme também baseado numa peça da Broadway. Se passa no ano de 1962. Todos os jovens tem um sonho: dançar no programa de TV "The Corny Collins Show". Tracy (Nikki Blonsky), uma garota fora dos padrões de beleza, consegue chamar a atenção dos juízes e participar do show. Mas terá que lutar para se manter e quebrar os preconceitos para vencer o concurso de miss Hairspray. John Travolta faz o papel da mãe de Tracy.



Um filme bem interessante é "Caminhos da Floresta" (2014). Um padeiro e sua mulher vivem em um vilarejo, onde convivem com vários personagens dos contos de fadas. Uma bruxa lança sobre eles um feitiço, para que nunca tenham filhos. Ela diz que o feitiço só será desfeito se trouxerem quatro coisas que ela pedir. Então eles adentram a floresta atrás dos objetos e tudo acontece de maneira mágica e musical. Destaque para Johnny Deep de Lobo Mau.



Quem gosta de musicais não pode deixar de fora "Os Miseráveis" (2012). Outra adaptação da Broadway, inspirada em uma clássica obra do escritor Victor Hugo. Jean Valjean (Hugh Jackman), durante a Revolução de julho da França do século XIX, rouba um pão para matar a fome de sua irmã e é preso. Anos depois ele cumpre sua pena mas fica sob liberdade condicional. Mas ele quebra a condicional e passa a ser perseguido pelo inspetor Javert (Russell Crowe), durante décadas. Paralela a esta história vemos Fantine (Anne Hattaway), uma garota abandonada grávida pelo namorado que passa por inúmeros sofrimentos, e que terá seu destino cruzado com o de Valjean. Só tem a versão legendada pois o filme é todo cantado e foi gravado ao vivo, sem "playback", como se estivessem mesmo em uma peça da Broadway.


Além desses, temos outros musicais atuais e interessantes: "A poção da juventude" (Lovestruck, The  Musical), "Teen Beach Movie" tem elementos de ficção e seguem a linha da comédia. Temos também"La la Land", um dos mais recentes e que foi indicado a vários Oscars, ganhando em várias categorias. Também "A Bela e a Fera", de 2017.



E claro, não nos esqueçamos dos clássicos: "Mary Poppins", "A noviça rebelde", "Cantando na chuva", "O mágico de Oz", "Funny Girl", "Grease"... Obrigatórios para os fãs do gênero. E... as animações da Disney! Inesquecíveis.



Acredito que com essa listinha já dê para fazer várias noites da pipoca e guaraná com os amigos, regada à música da melhor qualidade!




domingo, 15 de outubro de 2017

Os óculos no cinema: definitivamente Hollywood não os ama

Sessão da tarde. Começa mais um daqueles filmes água com açúcar. Mais um sobre "a transformação do patinho feio em cisne". E como começa essa transformação? Oras, jogando fora os óculos! Parece que os óculos, segundo Hollywood, são os grandes vilões da aparência feminina. Se você usa óculos, amiga ou amigo, sinto muito mas você é um nerd sem graça e desajeitado, que não pode ser "líder de torcida" ou "quarterback". Você é da turma mais desprezada. Bom, pelo menos para Hollywood.
Os óculos são sempre usados para "enfeiar" ou disfarçar alguém. A beleza se esconde atrás das armações e das lentes "fundo de garrafa". Superman e Supergirl, com um simples par de óculos ficam irreconhecíveis. Nem a mulher do cara, Lois Lane, o reconhece. Prenda os cabelos, limpe a maquiagem, coloque uma saia gigante combinada com um moletom e um coturno. Pronto. Você está horrorosa.






Temos vários exemplos dessa aversão aos óculos no cinema. Em "O Diário da Princesa", Anne Hattaway muda de aparência. Após colocar um par de lentes e fazer uma chapinha nos seus cachos, já é outra mulher. Antes uma "não-popular" asquerosa e sem graça. Depois, a princesa. Amada. Inclusive pelos interesseiros.




No filme "Ela é demais", Rachel Leigh Cook ganha uma super transformação do garoto mais popular da escola, Zack, o jogador de futebol. Mas ele não faz isso por bondade.  Após terminar com sua namorada, a "pop" da escola, ele diz que ela é substituível e que qualquer garota poderia ser rainha do baile. Então aposta com seu amigo, que escolhe a CDF feinha de óculos e mal-vestida, Laney Boggs. Claro que a primeira coisa a ser jogada fora são os óculos. E o elástico do cabelo. Ela fica linda e popular. Que estrago um óculos não faz...



Não para por aí. Em "Casamento Grego", Nia Vardallos se redescobre. Começa a estudar, se valoriza e...joga fora os óculos. Uma boa maquiagem e uma troca de guarda roupas e voilá! Temos uma ganhadora aqui, meninos! Após essa transformação, Toula encontra Ian. Que nunca tinha reparado nela no restaurante onde ela trabalhava com sua família. Afinal, ela estava escondida sob espessas lentes. Sem elas e com o cabelo solto, Toula deixou de ser invisível.




Pra completar, mais um exemplo. Em "A casa das coelhinhas", a transformação é coletiva. Anna Faris, depois de ser expulsa da mansão da playboy por ter passado da idade, acaba caindo na irmandade universitária Zeta, formada por várias destrambelhadas jovenzinhas, que usam óculos, se vestem mal e prendem o cabelo. Anna tem um trabalho árduo para transformar as cdf`s em garotas populares e resgatar o prestígio dessa irmandade, que sempre teve garotas sexys e bonitas. Nerds na Zeta? Nem pensar!





Como vemos, Hollywood e os filmes "Teen" não amam os óculos. Minha geração, dos anos 80 e 90, cresceu achando que era um desprestígio usar óculos, que pra ficar bonita deveria deixar o acessório em casa, tomar cuidado para não tropeçar e passar calor de cabelo solto. E acabar comendo algo que não gosta, já que não está enxergando o cardápio... Ainda hoje podemos perceber que os olhares sempre param nos estereótipos.
Em contrapartida, a criançada de hoje adora um bom par de óculos. Virou acessório de moda. Vários compram armação sem lente. Estilo. Com cores e modelos variados, os óculos complementam o visual, combinam com a roupa e trazem aquele "ar" intelectual, nerd. Agora é bonito ser nerd. E eu até gosto dessa moda. Eu que sempre escondi os óculos na bolsa e pedia comida sem saber os ingredientes. Mas ainda me sinto esquisita de óculos e cabelo preso. Resquícios de Hollywood.



domingo, 8 de outubro de 2017

Impressões sobre o livro: O Perfume da Folha de Chá

Andando pelo shopping entrei na livraria, como de costume. Observando os títulos, olhando os lançamentos, sou abordada pela vendedora. Me pergunta se desejo algo em especial. Digo que estou observando. Não satisfeita, ela olha o tipo de livros que estou folheando e me mostra um. “Esse livro é ótimo. Lançamento, está em primeiro lugar na Inglaterra, entre os Best Sellers”. Então me conta um pouco da história, o que me deixa bem empolgada. Não compro na hora, mas o ganho de presente, no dia das mães. Lindo. Cheirinho perfeito. Minha próxima leitura.
Devidamente apresentado, quero contar um pouco sobre a história, que tanto me encantou.



O livro



A história se passa no Ceilão, no ano de 1925. Gwendolyn Hooper, uma jovem de 19 anos, parte de navio da Inglaterra para o Ceilão, para se encontrar com o seu marido Laurence. Recém-Casados, eles são o perfeito casal aristocrático: uma bela dama britânica e o rico proprietário de uma das fazendas de chá mais prósperas da região.
Chegando à mansão, ela percebe que existem muitos segredos. Seu marido parece ao mesmo tempo apaixonado e distante. Gwen não entende sua atitude.
Na casa onde vivem tem vários empregados e a mais próxima é Naveena. Uma senhorinha muito simpática e solicita, há muitos anos servindo a família de Laurence. Também outros empregados que não pareciam muito felizes com a chegada de Gwen como o Sr. Mc Gregor.
Gwen sempre se mete em encrencas. Sai para passear pela propriedade, se machuca, se perde...ela não quer estar sozinha, precisa se distrair, já que Laurence trabalha muito. Apenas a administração da casa não lhe preenche todo o tempo.
Até que Gwen engravida, e um mistério surge nesse nascimento dos gêmeos Hugh e Lyioni. Gwen passa por muitos sofrimentos, pois precisa fazer uma escolha que pode mudar toda a sua vida. Ela fica elaborando inúmeras hipóteses para o ocorrido com as crianças e uma delas envolve o senhor Savi Ravasinghe, um rico cingalês que vive no Ceilão. Ele é um artista, pintor, muito talentoso.





Também nessa história vemos a rica viúva Christina, que vive dando em cima de Laurence e a irmã mimada dele, Verity. As duas parecem ter tirado a vida para perturbar Gwendolyn.
Laurence teve um casamento anterior, e uma criança. Mas ele nunca fala sobre isso. Guarda todas as coisas dos dois em um baú que ela encontra em um dos quartos da casa. Ela começa a investigar o que aconteceu com os dois para Laurence não querer falar do assunto.
Mesmo com todas as dificuldades, com a situação e decisão complicadas que Gwen tem que tomar, ela e Laurence são muito apaixonados, mesmo que às vezes ela tenha suas dúvidas, devido ao estranho comportamento dele. Ela acha muito esquisita essa mudança de comportamento dele.
Vale muito a pena ler esse livro. Conhecer uma nova cultura, os costumes de um povo, imaginar cada paisagem minuciosamente detalhada, a ambientação da época...parece que até dá para sentir mesmo o Perfume da folha de chá. Não é um livro leve e superficial, que preza apenas uma leitura rápida. É um livro para se degustar, aos pouquinhos, beber das delícias da história e do aprendizado de tantas coisas novas de outra cultura. É como viajar, se deleitar. Não dá para parar de ler até ver os desfechos necessários para cada situação. Com certeza vale uma nota dez.




Ficha técnica:
Livro: O Perfume da Folha de Chá
Título Original: The Tea Planter´s Wife
Ano de publicação: 2015
Publicado no Brasil: 2017
Autora: Dinah Jefferies
Traduzido por: Alexandre Boide
Editora: Paralela
São Paulo – 1ª edição, 2017
Ficção Histórica: Literatura Inglesa

domingo, 1 de outubro de 2017

Analisando os serviços de Streaming de Vídeos


Existem inúmeros serviços de Streaming de Vídeos aqui no Brasil. Os mais conhecidos são o Netflix, Claro Vídeo, Google Play, Itunes, Telecine Play. Porém, cada um oferece vantagens e desvantagens. Descrevo abaixo os serviços que eu testei.

Netflix


O serviço oferece diversos filmes e séries em seu catálogo através do pagamento de uma mensalidade. Não é possível locar outros filmes, todo o acervo é livre com o pagamento da mensalidade. É rápido e roda bem. E memoriza o ponto onde parou de ver o filme. Além disso, ele memoriza suas escolhas e faz sugestões de filmes de acordo com seu histórico. Muito bom mesmo.

Net Now


Para assinantes Net. Tem variados títulos, como uma locadora virtual. Você escolhe o filme e paga por ele, através da sua fatura de TV. É bem caro se for levar em conta que precisa ter uma assinatura de TV e ainda pagar pelos filmes um valor acima de uma locadora física. Existem vários títulos gratuitos, mas os lançamentos são todos pagos. A vantagem é não ter que ir à locadora e é o valor ou mais barato do que um ingresso de cinema. (Se bem que as locadoras físicas estão escassas e com poucas opções...)

Telecine Play


Exclusivo para os assinantes do pacote Telecine. É preciso ser assinante de TV paga para ter o benefício e adquirir o pacote Telecine por um valor mensal além da sua mensalidade normal. Tem muitos lançamentos, mas trava muito se sua internet não for boa. No Net Now, na TV dá para assistir bem. Mas ao tentar ver em outro dispositivo através do aplicativo, ocorrem muitos travamentos e lentidão. É muito caro por depender de uma assinatura de TV. Tem um catálogo fixo como a Netflix. Não memoriza o ponto onde parou de ver o filme todas as vezes. Ele falhou várias vezes nesta função quando testei.

Google Play


É nada mais nada menos do que uma locadora virtual. Através da sua conta Google, você acessa Google Play Filmes, escolhe o filme que deseja alugar ou comprar e paga com seu cartão de crédito. Não é tão caro como o Net Now. Funciona em diversos dispositivos, mas não em todas as TVs. A TV precisa ter o Google instalado.

Claro Vídeo


Para assinantes Net e Claro. A partir do plano de celular Controle, já se tem direito à acessar todo o conteúdo. Para outros clientes, tem uma mensalidade. Bem parecido com o Netflix, mas com um acervo diferente. Também tem a opção de locar outros títulos. Assim como na Netflix, o primeiro mês é grátis para testar.

Youtube Filmes


Agora também é possível alugar ou comprar filmes pelo Youtube. Na pesquisa do site ou aplicativo, é só digitar o nome do filme que está procurando. Se ele estiver disponível para locação, vai aparecer logo no início com o valor. O pagamento é feito pela conta da Google Play. Também dá para acessar o canal “Filmes do Youtube”, onde existe uma lista dos filmes disponíveis, um catálogo, como no Netflix. Na pesquisa do Youtube é só digitar: “canal filmes do youtube”. Aparecerá uma lista de canais e entre eles estará o canal Filmes do Youtube. É só se inscrever e começar a usar. O bom desse canal é que dá para compartilhar a tela com sua Smart TV, ou até usar com o aplicativo que está nela, diferente do Google Play Filmes.

ITunes


Um aplicativo para dispositivos com o sistema IOS instalado como  o Iphone ou o Ipad, que permite assistir filmes, séries e vídeos diversos. Mais ou menos no estilo do Google Play no Android. Não posso dizer sobre a experiência com o uso do mesmo, pois uso o Android.


E você, conhece mais algum serviço que não está listado aqui? Não concordou com a avaliação de algum dos aplicativos de filmes? Deixe seus comentários aqui e vamos trocar informações e aproveitar muito nossa sessão pipoca!