sexta-feira, 27 de março de 2015

Quem tem medo do Lobo Mau?

Olhando o convite de minha priminha, cujo tema será "Chapeuzinho Vermelho", fiquei pensando: quem AINDA tem medo do Lobo Mau? Eu tinha. TINHA. Agora sou grande...rsrs. Mas, enfim, vamos afunilar melhor essa perguntinha: que criança hoje em dia ainda tem medo do lobo mau

Percebo a tendência dos pequenos hoje a gostar mais dos vilões do que dos mocinhos. Há um certo "glamour" em ser vilão. Não deixa de ter uma lógica, pois eles são mais complexos, livres, sem regras. E isso é uma delícia para qualquer criança. Fazer o que quer, a hora que quer. Parece muito mais interessante que ser o herói cheio de regras e horários. 



Até é exaltado o fato de trabalhar pouco e ganhar muito. Os exemplos são muitos. Quem precisa trabalhar muito é tido como doido, como coitado. O bonito é trabalhar pouco, passear, passar as pessoas para trás, levar vantagem em tudo. Que lindo ter ganhado troco a mais de R$ 0,10... Não é nada lindo para a pobre caixa que vai tirar do bolso dela. Isso é roubo do mesmo jeito. Milhões da Petrobrás ou um troquinho que embolsei.

Nem vou falar da mídia pois já é lugar comum. Todos sabemos os "lindos" exemplos que ela dá. Aliás, o exemplo mais ilusório que tive na vida é o de que se estudasse eu seria "alguém". Na minha cabecinha, fazia faculdade e você logo virava um mini Sílvio Santos. Mas o que não me contaram é a parte do quanto ele trabalhou para chegar nisso.

É bem mais fácil ser Lobo Mau, gostar dele. Ele leva a vida na flauta. não trabalha. E sua punição? Bom, antes era a morte. Ou a barriga cheia de pedras. Agora, na nova versão politicamente correta e não traumatizante para as criancinhas do ano 2000, parece que no final ele se arrepende. Vira "novo homem". Fica bonzinho. O primeiro final era mais realidade para os pequeninos. Era mais ensinamento. O de agora só ensina que se eu errar não tem problema. Sem entrar nas questões religiosas, tem problema sim.

Saudades do tempo do medo de Lobo Mau. 




quinta-feira, 19 de março de 2015

Medo

Como é estranho acordar com medo. Medo da fúria alheia. Medo de assalto.Medo de perseguição. Medo do futuro. Medo de não saber o que fazer, o que falar, como agir. Medo da violência, medo da Dilma... medo da rotina e da estagnação.



Mas e aí, nossa vida para no medo? Vamos ficar paralisados, escondidos, entocados por causa disso? Vamos simplesmente aceitar que somos nós que vivemos presos e os bandidos soltos? Vamos ser reféns dos juros, do descaso, da violência?

Eu digo que não! Mas como? Vamos pensar no avesso? Vamos tentar fazer da nossa vida uma versão melhor? O medo não acaba. Na medida certa, ele é até bom. Protege de coisas impensadas. Mas em excesso...nos tira a vida.

Não vou sair de casa livre, leve e solta. Mas com cuidado. Tenho que me precaver. Não vou fazer uma compra antes de pesquisar alguns meses, verificar a taxa de juros no caso de parcelamento, aguardar o melhor momento para comprar. Não vou temer o futuro, mas trabalhar no presente para que ele seja o melhor que posso fazer.

Sabe o que descobri? O avesso do medo é a esperança, a precaução, a paciência. Sentimos medo quando desconhecemos alguma situação. Esse medo pode ser paralisante. Porém, o planejar, pensar com calma, trabalhar o presente, tudo isso nos ameniza o medo.

Vivi uma semana de medo. Foi muito ruim. Mas confio em alguém maior. Alguém que nunca me deixa na mão. E, claro, faço a minha parte. Prosseguir decididamente é o que importa.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Tentativas


Todos os dias tentamos. Tentamos acordar mais cedo, tentamos tomar um café da manhã saudável. Outros tentam apenas tomar um café da manhã. Tentamos ser pacientes no trânsito, ou com um colega de trabalho que sempre nos tira do sério. Tentamos não protelar, tentamos completar todas as tarefas. Tentamos sair do trabalho e fazer mercado, pagar contas, jantar corretamente, fazer um curso, dar atenção aos filhos. Tentamos dormir mais cedo...

Quantas tentativas! E essas são apenas as de um dia. E as que temos pela vida? Tentamos fazer ballet, mas nos entediamos, mudamos para natação, mas chega o frio vem a preguiça. Tentamos começar uma dieta, um plano de exercícios. Tentamos fazer aquela pós tão desejada ou o projeto de um livro. Tentamos um namoro, um casamento.

Felizmente, em muitas das tentativas obtemos sucesso. E precisamos encarar as falhas como aprendizado? Não é o que nos dizem todos os dias? Algumas são aprendizado, com certeza. Mas muitas são perda de tempo. Um escolha mal refletida e pronto, tentativa frustrada.

Por isso prego diferente dos que acham que faz parte da vida tentar. Não. Faz parte da vida acertar. Em escolhas bem pensadas, refletidas, pesadas com carinho. Até numa compra simples, de um bem um pouco mais caro. Eu levei meses pesquisando que tablet comprar. Esperei o momento certo, investiguei quem tinha, os problemas, vantagens, preço. E posso dizer que fiz uma excelente compra. Apenas um exemplo. Mas por que não pensar também em escolhas importantes como uma faculdade, um casamento, um filho e até mesmo a adoção de um animal? Depois choramos a tentativa frustrada porque o que nos moveu foi o impulso, a alegria do momento.

Decidir rapidamente é um erro. Está óbvio a grande chance de falha. Não sejamos impulsivos, esperemos. Cães duram 15 anos em média. Casamentos, precisariam ser até que a morte os separe. Filhos...nem preciso dizer. E a faculdade...bom, se errar o curso, terá perdido tempo. Quatro, cinco anos. Percebendo o erro, largue logo, mude de curso, não tenha vergonha de assumir que errou. Melhor teria sido pensar antes. Mas se não pensou...seja corajoso para mudar. Pense mais desta vez. E acerte.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Curtidas no face

Reparando um pouco nas postagens mais curtidas do facebook, resolvi me aprofundar no assunto... (coisa de quem não tem o que fazer... o pior é que tenho, até demais...mas quem precisa dormir?)

Descobri então uma postagem contando quais os tipos de imagens mais clicadas no face. Como eu já desconfiava, a figura humana sempre nos atraindo. Rostos são as imagens mais clicadas. Seguidos por homens e mulheres atraentes e por aí vai.



Percebi isso também numa página empresarial que administro. Quando coloco postagens mais pessoais, com fotos tiradas por mim, recebemos três vezes mais curtidas e visualizações. E até alguns comentários. Reparei, inclusive, que postagens sem fotos, ou compartilhamentos, tem adesão mínima e às vezes nada de curtidas ou comentários.

Talvez vocês me digam: nossa, ela descobriu a América! E sei que os publicitários me dirão: eu já sabia disso, qual a novidade? A novidade? Não vim trazer nenhuma nesse post. Apenas constatações. Constatei o que muitos "dinossauros da internet" como eu, que era adolescente na chegada da mesma no Brasil, já perceberam também. O mesmo tom apelativo usado pela TV, funciona também na internet. A diferença está na interação.

Tenho reparado bem nas postagens de meus amigos. Como já citei, fotos pessoais vem em primeiro. Se for bebê então... Ah, e as mais curtidas sempre tem imagens. Notei também que postagens relacionadas à religião, política, futebol, fofocas do momento e engraçadas entram nesse páreo fortemente. Como vemos, nada de novo em relação à TV. Aliás, a vida alheia é muito curtida. Todos querem saber um pouquinho da vida dos outros. Infelizmente. Não vou me aprofundar nisso senão tenho que entrar no tema que se cada um cuidasse da sua vida o mundo seria melhor e tal, e esse não é meu objetivo.

Percebo que as pessoas só curtem o que, de alguma maneira, interessa diretamente a elas. E com foto, claro... existe uma diferença grande. Se eu quero postar uma dica de cozinha, por exemplo, que é algo comum no face, mas apenas compartilho uma foto pública, genérica, as curtidas são quase nulas. Mas, se eu digo que testei aquela receita, e tiro a foto do produto final, as curtidas quadruplicam, Por isso o grande e repentino sucesso do Instagram.

Mensagens inspiradoras, fotos bonitas, ostentação, autopromoção, posts engraçados são comuns. Essa rede social está mais para um passatempo, um entretenimento. Não desmereço sua função de distrair a mente, mas também desmereço essa mesma função que nos come tempo precioso. Também tem a função de trazer as pessoas mais pra perto, matando as saudades de alguém distante.

Não, eu não estou crucificando o face, pois também sou muito ativa. Mas, se eu ficasse menos tempo nele e mais no twitter, por exemplo, aprenderia muito mais. Aliás, se eu ficasse menos tempo em qualquer rede social, teria mais posts interessantes para apresentar a vocês...